CD "Feito em Casa"
1. Joaquinlão – Figura folclórica de Mairinque. Freqüentador das missas na Igreja de São José, e das Festas de maio, realizadas em homenagem ao Padroeiro na praça central. Tinha idade mental de uma criança e foi adotado por vários cidadãos mairinquenses que cuidavam de sua sobrevivência. Morreu na década de 70.
2. Outra vez um Parque – Não poderíamos esquecer do Horto Florestal de Mairinque, local muito visitado por turistas até a década de setenta, principalmente estudantes de botânica, já que nele quase todas as espécies de eucaliptos floresciam, além da grande variedade em flores, aves etc.. Hoje o Horto está abandonado e a canção espera alertar as pessoas para este fato.
3. Nossa Águas – Como o próprio nome diz, essa canção foi composta em homenagem a locais como Iate, Fiscal, Finque, Sebandilha, Dois Córregos, Corte Preto, Fazenda Santa Amélia, Pau Seco, Burrinho, Cento e Onze, onde os mairinquenses de uma época nadavam, pescavam etc.. Também são citados o Maguila, que transportava o pessoal em seu jipe, e o Hilarino, antigo Juiz de menores.
4. Zé Enfermeiro – José Francisco dos Santos foi vereador em Mairinque de 1963 a 1979. Sua maior fama na vida pública foi no exercício de sua profissão: Enfermeiro da Sorocabana. No tempo em que Mairinque não tinha um Hospital e nem médicos, era o Zé Enfermeiro o “médico” da família mairinquense.
5. Jardineiros da Ilusão – Maestro Américo Bertolini, que dirigiu a Banda de Música da Estrada de Ferro Sorocabana de Mairinque, em 1914; dirigiu, por pouco tempo, a Corporação Musical União Mairinquense; compôs inúmeras músicas para bandas, entre elas, “27 de outubro”, em homenagem a Mairinque. Ercolano Bertolini, ferroviário, foi praticamente o homem que trouxe o teatro para Mairinque e, além de contribuir para o aprimoramento cultural dos mairinquenses, teve o mérito de ter propiciado condições para o desabrochamento artístico do talento de Juca de Oliveira, ator conhecido em todo o país.
6. Ao Jabá – O cinema de Mairinque não existe mais, mas o prédio continua lá. Nas proximidades desse prédio o pipoqueiro Jabá, até há pouco tempo, vendia pipocas desde a década de cinqüenta.
7. CASM, O NOSSO CAMPEÃO – Música composta para o Clube Atlético Sorocabana de Mairinque. O CASM é o clube mais antigo de Mairinque, que surgiu entre os funcionários da antiga Estrada de Ferro Sorocabana, e trouxe muitas glórias para o futebol local.
8. FERROVIÁRIA – É o time que dividia a preferência dos amantes do futebol em Mairinque. Também surgiu entre funcionários da antiga Estrada de Ferro Sorocabana.
9. TEU OLHAR – Canção dedicada ao cinema de Mairinque. Hoje, só existe o prédio do cinema; não há mais projeção de filme, porém, essa já foi a única atração de uma determinada época no município. Uma curiosidade é o fato do cinema ter sido uma espécie de cooperativa entre os mairinquenses, através da Sociedade Recreativa Mairinque.
10. DIVINAS DAMAS – Música composta em homenagem ao carnaval de Mairinque. São recordações dos compositores, que se apoiam no nome de duas senhoras, Diva e Vina, que sempre lutaram para colocar suas escolas de samba na avenida. Diva e Vina formam, na canção, a palavra divina, dando título a esta.
11. SOU DAQUI, MESMO – Nesta canção, que fecha o ciclo do projeto, Maria Cândida e João Bid demonstram o orgulho de viverem em Mairinque, citando personagens da cidade. São homenageados: os campos de futebol do Jeca, do Jurinha, do seu Claro e do Vendite; os times de futebol do Bié, do seu Carlos, do seu Raul e do Gambota; o coro da igreja, que era dirigido pela Dona Olga, a banda do Padre e as missas; o cinema, através dos antigos funcionários Agenor e Pinduca e do mais famoso presidente: Merguizo; e mais seis personagens muito conhecidos: Júlio Capitão, José Angelini, Orlando Proença (Landão), “Mirtão”, Corinto e Kiko.
12. MINHA CIDADE – Poesia de Marcoré Capitão que fala sobre a saudade da antiga Mairinque, fazendo uma analogia com sua condição de cidadão mairinquense.
13. A ESTAÇÃO ESPERANDO O TREM – Esta é a homenagem explícita dos compositores ao grande “símbolo” mairinquense. A estação ferroviária de Mairinque é a primeira construção em concreto armado do país e é tombada pelo patrimônio histórico nacional. Na canção, são citados dois dos maquinistas mais conhecidos na cidade: Armando Niquirito e José Sotero, ambos falecidos. Com ela, os compositores venceram o “Mapa Cultural Paulista”, categoria composição, edição de 1999. Nesse evento, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura, concorreram com a maioria dos mais de quinhentos municípios do Estado.