HORTO FLORESTAL
O Dr. Henrique Scheveng criou na então Fazenda Sorocabana, a partir de 1903, um centro de lazer com mais ou menos 30 alqueires. A Estrada de Ferro Sorocabana havia adquirido essa área, que fazia parte de uma área maior, com 264 alqueires, do cidadão Antônio da Silva Eugênio Bey em 16/01/1880. Essas terras eram do feitor de escravos Manoel Joaquim da Costa Neves, o Manduzinho.
Nesse local o dr. Scheveng construiu então uma confortável residência, cercada por matas nativas e com uma fauna rica e variada, havendo pássaros de diversas espécies, animais de pequeno porte e até mesmo macacos, saguis, pacas, lontras, etc.
Por ocasião da I Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918, a direção da ferrovia cedeu aos ferroviários uma parte do Horto para a produção de alimentos, devido à crise que assolou o país.
Na década de 30 aconteceu a vinda do depósito de Locomotivas para Mairinque e como a ferrovia sofria do problema de falta de combustível para alimentar suas locomotivas, foram cortadas todas as árvores nativas, transformando-as em lenha para as fornalhas. Além de servir como combustível para as locomotivas, a lenha era usada também para fazer os dormentes da linha férrea, dada a grande importância da madeira. Em 1937 assume a Chefia do Horto Florestal o dr. Jonas Zabrockis que foi o propulsor dos Hortos Florestais da Estrada de Ferro Sorocabana. Nascido na Lituânia em 03\03\1906 o dr. Jonas naturalizou-se brasileiro e trabalhou no Horto Florestal até 1966 quando então se aposentou, sendo sucedidos pelos engenheiros João Afrânio Lessa e Geraldo Barros César.
Com a necessidade da expansão da área urbana do município, o então Prefeito, Arganauto Ortolani, através do ofício 493477\72 de 18\12\71 solicitou a compra de toda a área do Horto Florestal ao Governador do Estado Laudo Natel, pedido autorizado, mas efetivado na administração do prefeito João Chesine, que considerava o fato como “ a segunda emancipação do município”.